
O Cisto Ósseo Traumático é uma lesão intra-óssea, caracterizada por uma cavidade vazia. É classificado como um pseudocisto por não apresentar revestimento epitelial, sendo mais prevalente em homens até a segunda década de vida e no osso mandibular. Costuma ser assintomático e sem alteração nos dentes envolvidos. A imagem radiográfica demonstra-se de forma radiolúcida, multilocular com bordas festonadas, assim como, as características de outras lesões dos ossos gnáticos. Ainda não há um consenso à cerca da etiologia do COT. O transcirúrgico é fundamental para o diagnóstico. O tratamento é a curetagem da cavidade. Após a cirurgia, é necessário realizar o acompanhamento através dos exames de imagem. O relato de caso é sobre uma paciente do sexo feminino, 48 anos de idade, compareceu ao Hospital Adão Pereira Nunes e por meio dos exames de rotina foi descoberto a presença de lesões radiolúcidas na mandíbula, sugestivas de Cisto Periapical, Ameloblastoma ou Ceratocisto. No exame tomográfico foi constatado que tratava-se somente de uma lesão. O tratamento endodôntico foi realizado devido a necrose pulpar. Na exploração cirúrgica, observou-se uma cavidade vazia que é característica do COT. Para o tratamento do cisto, optou-se pela curetagem e o acompanhamento radiográfico foi realizado mostrando melhora no quadro. Os exames de imagem, exame clínico, diagnóstico diferencial e transcirúrgico são imprescindíveis para o correto diagnóstico. O tratamento de escolha para o COT é a exploração cirúrgica com curetagem e o acompanhamento radiográfico por 12 à 17 meses após a cirurgia.